segunda-feira, 3 de março de 2014

Desejos e paixões

     Boa noite, queridos visitantes! Sejam bem-vindos mais uma vez ao meu lar poético-filosófico. Fiquem à vontade. Sugiro ficarmos aqui na entrada, aproveitando essa brisa suave da madrugada, para nos protegermos deste calor atroz que anda nos castigando.
      Hoje mostro-lhe um poema que foi baseado nos ensinamentos budistas e em meus estudos, reflexões e experiências acerca das paixões e desejos humanos. Acrescento ao mesmo uma epígrafe que é um trecho do livro " A doutrina de Buda". Espero que gostem e que possam refletir sobre o assunto.

                                     RUÍNA


A retina é muito apegada ao passado
Insistindo em imortalizar algo perecível
Assim como o coração ama o que foi acumulado
Tornando-se bastante furioso e inflexível

O mel na lâmina é gostoso
Contudo não se deve dele provar
Já que além de agradável, é danoso
Podendo até mesmo a vida obliterar

É estupidez tomar veneno para matar a sede
Tudo culpa de um desejo maldito
Que aprisiona o ser numa grande rede
Fazendo o sofrimento parecer infinito

Capturado pelas ondas da ignorância
Afogou-se rapidamente no desespero
Tudo começou por causa da ganância
Então o ser perdeu-se por inteiro

Infelizmente os erros são justificados
Usando-se o adágio “Errar é humano”
O certo torna-se mais incomum do que o errado
E o ser torna-se cada vez mais insano!

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