terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Revolta!

   Boa noite, queridos! Tudo bem? Espero que sim pois comigo tudo está bem!
   Ultimamente estou deveras inspirado, em 2 dias escrevi 4 poemas, todos com uma qualidade satisfatória. Estava há meses com uma média de dois poemas por mês. Acreditava eu que era por perfeccionismo, já que tenho as ideias em mente porém não as coloco para fora. Bom, esse não era o único motivo. O outro motivo é que eu andava um pouco afastado da arte, Nesses últimos dias andei assistindo a filmes, lendo livros, ouvindo música... bem, são coisas que estou sempre a fazer porém  estava deixando-as um pouco de lado. Fato: para que eu produza arte, preciso de um certo estímulo externo, além da minha inspiração. Creio que todo artista precisa de um estímulo.
    E é um desses poemas que vou mostrar-lhes agora, um poema que faz uma crítica ao comportamento predador e violento do homem.



 COMBUSTÍVEL PARA A REVOLTA INTERIOR






O escarlate turva a visão
Com uma cortina de violência
Então dos confins da alma
Emerge uma oculta demência

Todos os sentidos são tomados
Por avassaladores sentimentos de vingança
É compulsiva a recém-nascida vontade
De punir os assassinos da alheia esperança!

As leis são todas inúteis
Omissas são as entidades metafísicas
Ou incapazes, quem pode saber?!
Para o vazio vão todas as súplicas! (?)

O homem só é predador dele mesmo
Por quê tem ideias de superioridade
Meu estimado Hobbes, morreste sem saber
Que fomos feitos para a felicidade?

Maldito seja esse círculo vicioso
 Que gravita em uma órbita dantesca
Levando toda a ignorante humanidade
Para uma possível hecatombe gigantesca!

Alguns tentam da maldade fugir
Refugiando-se como pseudo-ermitões
Devido à ignorância, eles não sabem
Que o monstro habita em seus corações!

Por isso não receies em ser violento
Senão um dia tu irás sucumbir
Apenas canalize toda a sua raiva
Para matar este monstro dentro de ti!

Então esta será a última morte
De uma vida sem rumo certo
Somente após este ato de bravura
Encontrarás a paz e tornar-te-ás liberto!

    Espero que tenham gostado! Fazia um tempo que não escrevia um poema com uma temática mais crítica em relação à sociedade... e então, o que acharam?




2 comentários:

  1. Parece que somos vazios, que não temos veias, que não pulsa em nós a paixão de sermos. No entanto, em meio a essa lentidão que nos turva o pensar surge um monstro. Porém o monstro ao tentar devorar outros nos devora, devora, devora. Sem morrer, ele apenas deixa-se renascer até o próximo levantar...

    A historinha acima foi o retrato de seu poema em minha memória, não hei de esquecê-lo...
    bj

    ResponderExcluir
  2. Um monstro chamado ego, que visa apenas satisfazer-se, muitas vezes até passando por cima do próximo. Por isso devemos matá-lo!

    ResponderExcluir